06 janeiro 2015

O primeiro dia


Ontem foi o primeiro dia. E os primeiros dias são difíceis mas são também os dias em que há mais empenho.

No meu primeiro dia pensei antes de falar. Fiz silêncio sempre que me apetecia dizer o que não era importante. Escolhi sorrir sempre que me apetecia dizer algo desagradável. Falei apenas quando as minhas palavras me iam ajudar a chegar a algum lado. Evitei criticar sem saber a verdade. Encontrei uma situação em que alguém merecia um elogio e perguntei a opinião de um colega em relação a uma decisão que eu tomei, ouvi e gostei da resposta.


Parar de reclamar é MUITO difícil. Perguntei ao colega que partilha o escritório comigo se lhe incomodava muito que eu cantasse. Fico agitada quando estou de boca calada. Não tenho voz de rouxinol mas é bom saber que tenho colegas de trabalho que já me conhecem tão bem que me dão espaço para cantar.  Afinal era o meu primeiro dia e apesar de ninguém saber que era o meu primeiro dia, o resultado já se fez ver. Houve alguém que se deixou torturar por saber que eu precisava de relaxar. Ou que preferiu o meu cantar ao reclamar. E considerando que canto mesmo mal, o reclamar deve ser ainda pior.

No segundo dia vou tentar fazer o mesmo. Vou procurar pelo menos uma pessoa que merece um elogio, pedir opinião a alguém, pensar antes de falar e tentar falar o menos que puder. Só não consigo prometer que deixo de cantar. Mas isso hoje não é tão importante. Tenho o escritório só para mim!

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