Lembro-me de me contarem e de ver talvez nas notícias talvez no YouTube, um grupo de jovens (ou não assim tanto), que andava na rua a distribuir abraços. Abraços a vulso e sem escolher alguém em particular a quem gratuitamente os oferecer.
O único namorado que vale a pena mencionar dizia-me, muito furioso, que eu não sabia dar abraços. Ficava frustrado quando me pedia um, e eu, na minha melhor tentativa retribuia os carinhos que lhe saiam dos braços que me rodeavam, com um corpo muito rígido e braços tesos, sem conseguirem espalhar calor e miminhos, da forma como os abraços foram feitos para fazer. Oh! Assim não vale! Dizia ele irritado. "Não sei melhor" respondia-lhe. Mas só depois de muitas tentativas de abraços mal dados, se apercebeu que eu era um caso perdido. Procurou miminhos de outras formas.
Estou convencida que o único abraço que dei à minha melhor amiga foi no dia do casamento dela, igualmente teso e forçado, porque não é essa a forma que tenho para expressar o que sinto, apesar de saber que era o que pedia o momento.
Um dia da passada semana um colega no trabalho deu-me inesperadamente, depois de o ajudar com o computador, um abraço cheio de força. E eu encolhi-me toda de início, não me sentindo confortável com tanta proximidade física. Ainda por cima sem nenhum acontecimento que o justificasse. Senti que fui rude, mas não sei de facto melhor, o que afasta um pouco as pessoas por pensarem que não quero saber dos outros.
O único namorado que vale a pena mencionar dizia-me, muito furioso, que eu não sabia dar abraços. Ficava frustrado quando me pedia um, e eu, na minha melhor tentativa retribuia os carinhos que lhe saiam dos braços que me rodeavam, com um corpo muito rígido e braços tesos, sem conseguirem espalhar calor e miminhos, da forma como os abraços foram feitos para fazer. Oh! Assim não vale! Dizia ele irritado. "Não sei melhor" respondia-lhe. Mas só depois de muitas tentativas de abraços mal dados, se apercebeu que eu era um caso perdido. Procurou miminhos de outras formas.
Estou convencida que o único abraço que dei à minha melhor amiga foi no dia do casamento dela, igualmente teso e forçado, porque não é essa a forma que tenho para expressar o que sinto, apesar de saber que era o que pedia o momento.
Um dia da passada semana um colega no trabalho deu-me inesperadamente, depois de o ajudar com o computador, um abraço cheio de força. E eu encolhi-me toda de início, não me sentindo confortável com tanta proximidade física. Ainda por cima sem nenhum acontecimento que o justificasse. Senti que fui rude, mas não sei de facto melhor, o que afasta um pouco as pessoas por pensarem que não quero saber dos outros.
Carinhos e miminhos dão-se de várias formas. Eu não os tenho para dar nos braços, no peito nem nas pontas dos dedos e palmas das mãos. Ainda não sei bem como os passo aos que me são mais próximos mas como ainda tenho algumas pessoas pertinho de mim, alguma coisa devo estar a fazer bem.
Tenho sempre a esperança de um dia encontrar essas tais pessoas que distribuem abraços na rua. E de lhes dizer, bruta e com ar de desprezo, enquanto os empurro para trás, esticando os braços: "Oh amigo! Abraços?? Nem os dou à minha mãe!"
1 comentário:
De facto não me lembro de darmos muitos abraços, mas nem por isso alguma vez senti, que da tua parte isso demonstra-se falta de carinho ou amizade.
Lembro-me do dia do meu casamento desse abraço, que me soube muito bem...apesar de teso e forçado, no teu ponto de vista....porque no meu foi muito bom e natural.....
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